Saiu recentemente no THE NEW YORK TIMES um artigo, escrito por uma pessoa com Demência de Alzheimer, sobre o impacto deste diagnóstico no seu local de trabalho.
Wendy Mitchell refere que quando partilhou o seu diagnóstico com o empregador a reacção deste foi perguntar-lhe “quanto tempo tens?”. Com bastante sentido de humor, Wendy refere no final do artigo que se tivesse tido oportunidade hoje responderia “tenho tanto tempo quanto me der”.
Este não é um tema (infelizmente) amplamente debatido. Existe uma espécie de sentença imposta pela sociedade que condena todas as pessoas com demência a uma vida pouco produtiva e isto reflecte-se, imediatamente, na sua capacidade de trabalho. No entanto, esta “sentença” não corresponde de todo à verdade. Embora as situações variem de pessoa para pessoa a verdade é que existem cada vez mais relatos de pessoas com diagnóstico de demência que compartilham o seu descontentamento por esta situação uma vez que se sentem com capacidade para trabalhar e serem socialmente úteis e activas.
Embora possam ter que existir algumas adaptações no local de trabalho (no artigo, Wendy, dá alguns exemplos) a verdade é que as pessoas são exactamente as mesmas ao dia anterior ao diagnóstico. Até porque, como refere a Alzheimer Society, cada vez mais as entidades empregadoras têm que estar preparadas para ter nos seus quadros pessoas com demência e/ou cuidadores (estima-se que no Reino Unido existam 42 000 pessoas com idade inferior a 65 anos com demência).
Pode aceder aqui à posição da Alzheimer Society sobre esta questão.
A Alzheimer’s & Dementia Alliance of Wisconsin desenvolveu alguns guias para ajudar as entidades empregadoras. Poderá encontra-los aqui.
